Sou o Luís Sanchez, tenho cinquenta e três anos e apesar de ter nascido e vivido em Lisboa durante mais de cinquenta anos, há praticamente dois anos mudei-me para o “campo” e vivo agora na zona de Santarém, suficientemente perto e ao mesmo tempo, suficientemente longe da grande cidade.

Ainda na adolescência fui praticante de ginástica acrobática e mais tarde de natação, mas como nunca tive um espírito muito competitivo, acabei por ir desistindo destas modalidades à medida que iam assumindo um caráter mais “sério”. 

O meu interesse pelo Yoga começou há dez anos, talvez por ser uma prática individual, muito virada para nós mesmos, e porque senti curiosidade pela sua componente física, mas sobretudo pela sua componente mental e espiritual. De facto, acho que, no fundo, procurava algo mais do que apenas atividade física. E a verdade é que fiquei rendido logo nas primeiras aulas. Desde aí, nunca mais deixei de praticar. Numas fases com mais regularidade, noutras com menos, mas sempre com alguma vontade de aprofundar o meu conhecimento no “mundo” do Yoga.

Na primeira aula da Formação de Professores de Yoga da BeYoga, durante a apresentação dos alunos, lembro-me de ter dito que o meu objetivo era aprender mais e desenvolver o meu conhecimento pessoal, mas que não tinha qualquer intenção de dar aulas de Yoga. A verdade é que essa intenção se foi transformando ao longo dos meses de formação e a vontade de partilhar com outros o que ia desenvolvendo, foi crescendo em mim.

Sem dúvida que os conteúdos da formação foram o grande contributo para que eu mudasse de intenções relativamente ao Yoga. Desde a história e filosofia, que considerei uma verdadeira viagem no tempo, até ao capítulo de anatomia que senti ter informação vital para um conhecimento fundamental do corpo humano, sobretudo para quem pretende dar aulas.

A metodologia ensinada pela BeYoga na pessoa da Carla Gonçalves, foi algo com que me identifiquei de imediato por ter, na minha opinião, um verdadeiro equilíbrio entre as componentes física, mental e espiritual.

No final da Formação de Professores de Yoga da BeYoga, senti que algo se tinha transformado em mim. O Yoga fazia agora parte do meu “eu” e acreditei que deveria, de alguma forma, dar seguimento e continuidade ao que tinha desenvolvido e aprendido durante aqueles meses.

Neste momento, dou aulas em 3 locais diferentes, quatro vezes por semana. Uma transformação pessoal da qual não estava à espera, mas que se tornou uma realidade.

Sou apaixonado por viagens, por viagens que me retiram da zona de conforto, que me mostram outros povos, outras culturas e acima de tudo, que me mostram outras realidades, diferentes daquela em que vivo, mas genuínas.

Por isso, há mais de vinte anos comecei a organizar viagens para grupos de amigos, que me queriam acompanhar na exploração desses “mundos” diferentes.

Decidi então que podia integrar o Yoga, com todo o seu potencial, nas experiências de viagem que organizo, que passaram a ser muito mais que uma simples viagem, passaram a ser experiências enriquecedoras e verdadeiramente transformadoras para cada um dos seus participantes. A verdade é que ninguém regressa igual. Entre outras situações, uma das pessoas começou a pintar, um desejo que tinha há muito e outra escreveu um livro sobre a viagem interior que fez durante uma destas experiências. Isto é, para mim, profundamente gratificante e inspirador.

Posso seguramente afirmar que o Yoga e a Formação de Professores de Yoga da BeYoga foram e continuam a ser os grandes responsáveis por esta inspiração e transformação na minha vida.